Luxor
Luxor situa-se a 700 km , ao sul do Cairo. Os seus 500.000 habitantes vivem essencialmente do turismo. Esta cidade tem 227 km² de superfície.
Em 1550 a.C, durante o Novo Império, a cidade de Luxor, tornou-se capital do Egito. Os vivos residiam e trabalhavam na margem oriental do Nilo, os mortos eram enterrados na margem ocidental do rio.
No tempo dos Antigos Egípcios, a cidade chamava-se Waset, o que significa cetro. Os Gregos denominaram-na Tebas, em conformidade com a cidade grega Tebas. O nome atual Luxor foi lhe atribuído pelos Árabes e significa “palácio com cem portas”.
Os reis da 18° dinastia colocaram aqui, na parte oriental, a primeira pedra dos dois templos de Luxor e de Karnak. A rua principal é o caminho ao longo do Nilo. Esse caminho tem uma extensão de 3,5 km e é ladeado por palmeiras.
O templo de Luxor: história e características
O templo situa-se no centro da cidade e foi construído, em 1392 a.C., por Amen-hotep III e Ramsés II (18° e 19° dinastias) em homenagem à tríade tebana constituída por Amon (o deus do vento) pela sua esposa Mut e pelo seu filho Khonsu. Em 1884, o arqueólogo Maspero revelou, à luz do dia, este templo.
Em frente à entrada, encontra-se uma fila de esfinges, sendo que esta fileira mede 3 km. Nesta ala existiam inicialmente 600 esfinges. Estas provinham dos templos de Luxor e de Karnak. Este caminho designa-se por caminho da procissão. Todos os anos, uma procissão dirigia-se de um templo para outro. Outrora existiam 6 estátuas colossais de Ramsés II perante o pilono.
Hoje em dias restam apenas duas estátuas sentadas (15m de altura) e uma estátua em pé. Havia dois obeliscos em granito, na entrada. O obelisco da direita tinha sido oferecido, em 1834,ao rei Luís Filipe de França, por Mehmet Ali, em troca do relógio que se encontra na mesquita de Mehmet Ali no Cairo. Este obelisco decora, desde então, a Praça da Concorde, em Paris.
O obelisco da esquerda tem 25 metros e altura. Na base, estão representados quatro babuínos com as mãos levantadas em sinal de adoração ao deus solar e ao nascer do sol. O relevo no pilono representa Ramsés II, no seu carro de combate. Pela entrada principal chega-se a um vestíbulo do templo de Ramsés II.
À direita, ao entrar, encontra-se uma capela com três partes e com os repositórios das barcas sagradas de Amon, de Mut e de Khonsu.
À esquerda, por cima do templo, encontra-se a mesquita de Abu el-Haggag que remonta à época dos Fatimidas (996). No pátio, encontra-se uma dupla fileira de colunas entre as quais se encontram algumas estátuas colossais do rei.
À entrada do templo original de Amenhotep III, duas estátuas sentadas que representam Ramsés II vigiam o templo. Os relevos sobre os lados representam no centro, o Deus do Nilo, por baixo, os prisioneiros de guerra: Asiáticos e Africanos.